sexta-feira, 30 de outubro de 2009

XXI Vampir

Chega! Chega de vampirismo! Já estou por aqui com esse revival pós-moderno de vampirismo light. Light, porque é sem sangue e não tem putaria. E todo vampiro que se preze bebe sangue e come donzelas!
Esses contos “lunares”, “crepusculares” de vampiros que andam no sol, já sendo isso um absurdo, eles brilham feito diamantes ao sol. Também sofrem de dramas existenciais e crises de identidades típicos dos dezesseis mesmo tendo mais de 200 anos de existência sinistra e cadavérica. Que não querem morder o pescoço da sua donzela, com medo de perder a virgindade, de cair nos pecados da carne. Além deles não caírem com a boca nos pescoços alheios eles não tem nomes dignos de vampiros. Eu não confiaria num Edward, você confiaria?
Pra mim vampiros tem de ter nomes difíceis e enrolados, que só de falar já dão medo, nomes com influências diretas do francês, do russo e quisá do romeno! Eu citaria exemplos, pensei até em criar nomes vampírico, mas não há exemplo melhor do que o mais famoso deles o Vlad III, o Empalador. Sei lá, o cara é medieval ou até pode ser da década de 1920, mas que este tenha um pseudônimo ou uma alcunha medieval!
Ultimamente os morceguinhos estão sendo ridicularizados em praça pública. Pois as pessoas tentam humanizar de uma forma banal e um tanto americanizada uma criatura que tem origens feudais, se é que não bíblicas! Querem humanizar os verdadeiros libertinos. Essas coisas não deveriam acontecer.
Afinal, o que é um vampiro? Pra mim o vampiro é um paradigma medieval, ou até mesmo bíblico, que serviu durante a Idade Média para conter os cidadãos através do medo do inexplicável e parar dizer que só a religião e a fé poderiam responder certas coisas. Para mim, esta foi uma das ferramentas para manter os cordeiros dentro do cerco, talvez não a mais expressiva, até porque algumas milotogias já falavam sobre isso. Ou então o vampiro foi pego de alguma mitologia européia, posto como um modal pela Igreja para instruir o medo nas pessoas e explorado pelos literários em meados do século XVII até então. Transformando-o em um forte paradigma que desperta tentação e repulsão, o transformando no amante imortal transtornado, mas que não perde a pose e que não foge de uma boa briga e de uma boa conquista e que ama sangue!
E se acontecem é porque um bando de menininhas vêem nestes vampiros idealizados a fugacidade de seus mundos sem sentimentos e sem romantismo. Bando de otários cheios de clichês mela cuecas e desajustados. Há de se convir que isso realmente sempre possa ter acontecido, mas só que não como agora. As pessoas desconstruiram o vampiro e tem a audácia de dizer que aquilo é um imortal bebedor de sangue. Admito que não li, mas vi o filme, e do muito que vi não gostei nem um pouco. Talvez sejam preconceitos preconcebidos, mas certas coisas eu não posso mudar (como o caso deu não gostar de Paulo Coelho), não é que eu não aceite mudanças, gosto de mudar, mas certas coisas eu não mudo, prefiro viver no senso comum destas beiradas da sociedade. Retomando, o mundo é frio, cruel, e os vampiros são maus.
As pessoas sempre fazem isso com os grandes malditos, os tornando bons selvagens, bons cristãos, cavaleiros medievais e românticos idealizados. É uma total asneira da sociedade tentar entender com os olhos de hoje o passado, quer dizer, com os olhos mal instruídos um passado já concebido e complicado. Não adianta idealizar os malditos, nem os tornarem membros do AA, muito menos da bíblia, ou capitalizá-los. Piratas, cavaleiros medievais, libertinos, celtas, vikings, romanos, espartanos, ninjas, samurais, maias, zulus, maoris, etc... Todos têm seus altos e baixos, se eles eram ruins eles tinham suas razões, ou se eram bons também tinham tais razões. Não se pode olhar o passado com olho do futuro, você tem que os compreender dentro de suas respectivas épocas e sociedades, para poder entender os hoje ditos “malditos” e também “heróis” . Tentam “humanizar” estes que nem que fazem com os vampiros. Essa dita “humanização” desumana, indecente, imoral, anacrônico só mostra o lado mais fraco do ser humano: o de não querer aceitar as coisas como elas são!

Um comentário:

  1. Verdade, ninguem merece essa modinha vampiresca, espero que essa stephenie meyer morra pqp! Sinceramente não vejo a graça nisso, banalizaram totalmente os vampiros com um livro/filme água com açúcar voltado para adolescentes (garotinhas) sem personalidade. Tenho dito, away!

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