sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Elegia à gata Pérola

Te conheci a pouco tempo, mas gostava de você
sempre vinha ronronar e passar por entre minhas pernas
sempre queria carinho e amor.
Saiba que quando escutei a trágica cena da sua morte,
através da triste voz da Turca,
que devia estar com os olhos inchados,
senti uma enorme tristeza e uma raiva ainda maior.
Gostaria de te vingar, gostaria de te fazer lembrada
devido a banalidade de tua triste morte.
Isso não se faz com ninguém, muito menos com uma bela gata.
Tento imaginar a pessoa que fez isso... envenenar a comida de uma gata!
ENVENENAR A PORRA DA COMIDA DE UMA GATA, PRA QUÊ?!
O QUÊ ELA TE FEZ DE MAL!
PORRA, QUE MALCARATISMO!
Para mim, não há desculpa, não tem razão que explique:
um pessoa, tecnicamente, racional a matar um gato por nada,
ou porque não gostava do gato, ou porque a gata o arranhou,
de todo jeito, a gata tinha donos!
A TURCA ERA SUA DONA!
Acredite, pequena bola de neve, algo será feito
para você, Pérola, voltar para o mar de onde veio feliz,
para ficar quentinha e tranquila dentro da ostra que lhe
dará carinho, amor e tudo aquilo que já lhe davam aqui..
Agora você deve estar no belo paraíso felino, correndo,
vivendo, comendo, fazendo amor e olhando aqui para baixo
vendo a sua dona chorar.
(Mas ela mal sabe que um substituto há de chegar).

domingo, 2 de outubro de 2011

Num Sábado

Eu voltava à mesa com ketchup e mostarda, quando disse a ela:
— Baby, eu te amo muito! Te amo mesmo. — Ela riu, eu continuei. — E os pássaros continuam a cantar, o sol a brilhar e a bela criança loira nos olha com uma
cara de levemente entretido! — Ela me olhou, queria me beijar, mas estava um
tanto longe, havia uma mesa entre nós. Simplesmente riu, ficou envergonhada
e continuou a comer o seu hamburger.