segunda-feira, 27 de junho de 2011

Foi...

Quando você saiu daqui de casa
no domingo,
parece que o dia ficou cinza,
ficou com aquela cara de domingo morto.
Eu fiquei estressado por ter
que voltar aquela rotina chata,
aos estresses do mundo.
Parece que com você o mundo fica mais aceitável.
A vida parece mais tranqüila,
e as sublimes horas do despertar parecem durar mais.
Só de lembrar de nós dois enrolados em nós mesmos
e nos lençóis,
já me bate uma gostosa sensação de nostalgia,
e talvez do sentimento mais certo,
de saudade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Brinde

Estava comendo com a Turca aquele lanche meio qualquer coisa de domingo, ou seja, uns pãezinhos e tal. Enchi nossos copos, e levantei o meu para brindar, ela riu, pois era Coca e eu disse:
— Qual o problema?
— É Coca! — disse rindo.
— Nós devemos brindar os momentos e não as bebidas. — Ela me olhou com seus profundos olhos para mim, estava envergonhada. Brindamos, bebemos e logo depois ela me deu um forte e tímido beijo com sua boca molhada.
Naquele instante a Terra parou, um cachorro assobiou, um canário latiu, um pilantra disse a verdade, um honesto fez uma ruindade, uma associação que gostaria de destruir o mundo resolveu desistir dessas terríveis pretensões e resolveu fazer uma orquestra de pianos, e pela primeira vez dois tomates se beijaram ao se encontrarem no fundo de um saco de tomates que ia para o Cadeg. Fora isso, a cotação do café de Bromley despencou naquele domingo cinzento, onde um casal se olhava e o silêncio de suas palavras dizia tudo.