sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ego!

Uma vida boa para mim é: poder ir ao Taj Mahal, poder ser a sua irmã (se você quiser, se você estiver precisando de um amante), poder ser um factótum, poder ser um anjo da gula. Tentar ser um filósofo pitagórico, tentar ser um historiador marxista, tentar ser um jornalista impessoal e extrovertido. É poder todos os dias escolher que personagem ser que papel tomar no teatro da vida. É poder escolher o uísque e a água, ou os dois, juntos, porque não? Uma vida boa nunca é vaga, é sempre cheia, cheia de coisas, mulheres, poesias, músicas, cervejas! Ter uma vida boa é difícil, tentar tê-la não é impossível. Não quero que este texto lhe faça refletir, pois este texto já é um reflexo de uma alma gorda. Ser gordo é mais que viver comendo ou comer vivendo, mas sim tentar ser bom em tudo, ou pelo menos tentar fazer tudo! Ter uma alma de gordo é saber apreciar a vida de uma ótica mais redonda, onde tudo volta para tudo, pois tudo é composto por tudo e tudo tem tudo. Ter a alma gorda é tudo, é tentar tudo, saber tudo. Depois de muito tempo eu consegui achar a palavra que faltava para explicar o que é ser gordo, a palavra explica tudo — pelo menos para mim.
— Ser gordo é ser um factótum!

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