sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cerveja, Política E Furacão

Já era... Nosso lindo paraíso continental cheio de diversidades culturais está cada vez mais indo mais para o brejo ou para o fundo do poço ou as duas coisas juntas. Sempre tivemos os políticos, os espertinhos, os franceses, os americanos, os portugueses, os defensores públicos, os garçons, os gigolôs e por fim os empresários sempre nos roubando. Estamos bem cascudos contra as artimanhas desses filhos das santas, mas acho que ainda não estamos preparados para a revolta da natureza.
Cuja tal vem nos atochando com uns certos furacões, tremores, quisá uns tsunames, aqui e acolá. Nós somos marrentos mesmo, mas acho que não deveríamos sofrer destas coisas da natureza. Tudo bem! Temos culpa no cartório sim, nós poluímos muito, desmatamos, sujamos nossos mares com óleos negros e com lixos, roubamos faunas, acabamos com praias virgens transformando-as em dignos bordéis de nenhuma estrela. Não fazemos por onde, nossas ações benéficas, filantrópicas, são muito pequenas em relação ao que já destruímos de nossa natureza, desde nosso início e o que se intensificou nos últimos anos.
Não somos os únicos que acabam com a natureza, os outros também o fazem, em maiores proporções, e pagam com diversas vidas por isso. Mas cá entre nós, já sofremos muito com os corruptos e corruptores brasilienses, esses seres já deturpam muito a nossa existência e ter que sofre desses “atentados” naturais já seria demais para nós. Até porque somos muito cascudos, quando chegam esses desastres ficamos mais moles que clara de ovo.
O outro presságio do apocalipse que chegou aos meus ouvidos recentemente é que a cerveja vai piorar também. Os oráculos me falaram de coisas que me deixam muito triste. Que a Ambev irá lançar mais cervejas de alto consumo, cervejas de massa, ou então cervejas populares. Na verdade eles estão fazendo uma cerveja mais ao gosto do consumidor, eles conseguiram abrasileirar a já abrasileirada cerveja brasileira de alto consumo. Não posso chamá-las de merda, pois ainda as consumo, ainda não tenho dinheiro para me embebedar de Chimay Grande Reserve, mas posso chamá-las de “quase-cervejas”, pra mim é esse tipo de vetor social que faz abaixar o nosso IDH!
Porque quase sempre as coisas vêm em três, quase sempre as coisas ruins vêm em três (queria eu três pares de boas pernas na minha cama). Políticos sem papas na língua, a natureza com raiva e “quase cervejas”. Se esse for o nosso futuro, ainda prefiro votar no cyberpunk comportado e rotineiro de deflagrações multinacionais, atmosfera poluída e cerveja padronizada.

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