sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Rotina Pós-Moderna De Um Gordo Realista

Aos Domingos me sinto um romântico de segunda geração
Com toda a minha morbidez em contemplação
Nas Segundas pareço um ateu
Questionando a existência do criador
Já na Terça me lembro que sou brasileiro
E que não desisto nunca
Na Quarta sou filósofo niilista
Relacionando o meio da semana ao paradigma do não existir
As Quintas viro um revolucionário
Arquitetando os meus planos para tomar o poder
Sexta sou um poeta goliardiano
Bebendo e criticando a Deus e o existir
Por fim no Sábado vou pro circo pra ser malabarista
Tentando fazer de tudo ao mesmo tempo na corda bamba
Mas se isso tudo não acontecer,
Se a rotina não acontecer
Eu desligo a TV
E trucido a mídia
Com uma crônica poética
Sem perder a minha ética
Pois o moderno esculhambou
E o pós-moderno esculachou com um massacre verbal.

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