segunda-feira, 30 de março de 2009

O Que Têm Haver O Obama Com O Meu Armário? Resposta: Tudo!!!

Limpem sempre os seus armários, e lembrem que armário não é pra botar tralha, aonde tem roupa não é pra botar chave de fenda, só porque combina com a camisa xadrez. Limpem seus armários regularmente, pois se você limpa seu armário cada vez que a lua esta na sétima casa e que Júpiter se alinha com Marte, você realmente há de se deparar e de se desesperar com monstros de formas estranhas e nomes bizarros vindos de outras dimensões, tirando fungos e cogumelos criados pela fumaça da casa dos gnomos e a umidade setentrional do seu apartamento tropical.
Parece sacanagem, mas é sério, quando se limpa um armário descobre-se todo um reino mágico de tufos, de papéis esquecidos, de coisas esquecidas, de pessoas esquecidas. É necessário muito estômago para se limpar um armário, ver todas aquelas coisas que você gostava, aqueles pôsteres esdrúxulos, aqueles sonhos não sujos. É realmente um trabalho para um assassino maníaco, de um cirurgião, ou até mesmo de um militar sádico a fim de acabar com a territorialidade de um indivíduo.
Este simples ato pode ser interpretado de diversas formas, como fora visto anteriormente no parágrafo anterior, indo desde o mais medíocre ato de limpar e organizar o armário, passando por tirar as tripas e entranhas mais profundas e vitais de nosso ser até a invasão das fronteiras acabando com a territorialidade e a identidade de um indivíduo. A limpeza do armário é uma ação muito perigosa que deve ser feita com ajuda de alguém, de um enfermeiro, ou até mesmo de um órgão interventor, como é o caso da ONU.
Limpar o armário é uma missão mui difícil, acho eu que é uma missão tão comparável como o lindo lema do Obama: “Yes, We Can!”. Imagino ele indo até a sala presidencial in The White House, e abrindo aquele armário vermelho e azul, lindo, majestoso, cheio de selos de top secret, faixas amarelas, selos de radiatividade, e dentro dele várias pastas: enormes pastas pretas limpas por fora, porém sujas por dentro, imagine que monstros devam ter se reproduzido dentro destas pastas, e ao fundo do armário há uma pichação escrita:
-Bush Fuck it all! – Imagine como o negro Obama deve ter se sentido branco, ainda deve estar pálido, mas seus ternos impecáveis e suas gravatas bonitas não deixam passar essa realidade triste.
A pior parte, talvez a segunda pior, porque a pior é tirar a poeira, é se desfazer dessas coisas, desses fatos, desses acontecimentos. Eu realmente não gosto de me desfazer das coisas, tenho problemas de jogar fora aqueles papéis amassados que foram posteriormente rabiscados, só porque caiu uma gota de café em cima do papel, e aquela mancha se embrenhou por aquele labirinto de fonemas plásticos e letras tortas, eu gosto deles, por eles serem assim: feios, sujos, lindos, imperfeitos porém perfeitos perante a criação desordenada dos rabiscos.
Esses são os piores casos, para min e para o Obama, pois eu gosto de recordar os meus rabiscos, mas tenho que me desfazê-los, agora imagina o Obama que tem que se desfazer dos rabiscos que nem dele são, mas que todos recordam. E eu ainda tenho a dúvida de quem está mais ferrado.

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