quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Hipopotomonstrosesquipedalofobia

Só posso dar esse parecer sobre essa imensidão de letras que compõem esta grande palavra, caos. Palavra tão caótica que o meu lindo computador se recusou de me deixar inseri-la no texto. Ele fez birra, bateu pezinho, rodou a baiana, tentei três vezes ele a recusou em todas, também não tento mais. Acho péssimo quando o estrangeiro tem a oportunidade e não reconhece a grandiosidade do brasileiro.
Tem-se fobia há filia. É meio estranho pensar nisso, mas todos nós temos um pouco dessas duas, aquele medo irracional contra o paralelepípedo na segunda série e aquele tesão racional em poder usar do mesmo para encher linguiça no texto no último ano do colégio.
Eu digo logo, eu desde pequeno tenho medo de cachorro, antes era pavor, mas hoje em dia eu continuo tendo medo de todos os cachorros grandes, ou aqueles pequenos esquizofrênicos. Na verdade é aquilo, eu olho pro cão e se eu sentir nele aqueles pensamentos diabólicos de querer me assustar com o latido ou de se investir contra a minha pessoa, eu desvio do canino, se não eu permaneço no meu rumo. Fazer o que? Tem gente que não tem medo de paquidermes e equinodermes, ou então de pular de um edifício sem pára-quedas, mas eu não sou esse tipo de gente suicida.
Mas mesmo assim cada um com seu cada qual, essa maldita palavra é a incorporação do caos. Não há como enumerar os fatos, pois estão embolados. Tudo começa por essa palavra não ser muito corriqueira, não é muito fácil de usar no dia a dia. Com isso vem o problema da maneira certa de se falar, fora que até você conseguir fazer a pronúncia perfeita dela vai demorar uma eternidade. E também ela ocupa um período da sua sentença em uma conversa, pelo seu tamanho não da pra se falar rapidamente sem comer alguma letra, por fim, o hipopótamo monstro que tem fobia de esquiar com o pedal, além de ser inviável numa conversa seria uma cena muito esdrúxula para ser avistada e imaginada.

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