quinta-feira, 8 de abril de 2010

Momo

Eu, Rei Momo,
Abdiquei toda a natureza
E toda a incerteza
Daquele povo tonto.
Trouxe lhes o carnaval!
O meu cortejo real!
Carregado de sarcasmos jocosos
E ironias fugazes.
Para acabar com a rotina melancólica,
Daquela platéia paranóica.
Abduzida pela monotonia
Absurda da falta de bebida
E da falta de risada.
Eu, que vos trouxe com toda a minha graça,
A minha inspiração, como pirraça!
Para os poetas vos sacaneares,
Com toda pompa, vossos ares,
Que respirais com tanta dificuldade...
Pois sabeis que como o ar sujo que pondes:
Para dentro e para fora,
Sabeis que precisais dele tanto,
Que não se apavorais!
Em viver em meio falta de luz e da falta de água,
Sendo dentre estes o maior problema:
A falta de cachaça!

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