Nós filósofos sofremos uma mais-valia intelectual, pois pensamos muito e ganhamos muito pouco pelo que produzimos na existência, ganhamos poucas mulheres! Eu pessoalmente não me incomodo muito em não ganhar muito dinheiro. Eu só quero ter ou receber o dinheiro necessário para eu poder pensar livremente, expressando a minha arte. Mas, o que eu quero mesmo é mulher!
Nascemos de uma mulher, vivemos para uma mulher, queremos uma mulher, morremos por uma mulher, e voltamos para uma mulher no final da vida. Não tem jeito às mulheres sempre estarão em nossos caminhos. Quantos poemas já foram feitos a uma dama, e quantos já morreram por uma puta.
Vendo por esse aspecto altamente positivo, a maior inutilidade é a vida eterna. Tudo bem ao longo da sua cruzada existencial pelo mundo você irá conhecer várias mulheres diferentes, com gostos diferentes, personalidade diferentes, mas você nunca irá conhecer a Mãe Terra, a mulher das mulheres, a grande Gaia.
Ao longo da minha vida conheci e ainda conhecerei centenas de mulheres. E qual seria o problema deu socializar com elas um pouco do meu pensamento, um pouco da minha ciência intrapessoal, de autoconhecimento mútuo da criatura visando à grandiosidade divina da criadora? Não vejo problemas nisso. Vejo problema na minha condição de ser explorado intelectualmente pelo acaso, pela existência e não receber nada em troca, não estou pedindo um salário formal, talvez casual (até porque casual é mais gostoso), ou até mesmo um escambo para parar com a mais-valia. To aceitando qualquer coisa, porque eu estou cansado de ficar na mão... .
Mas com o meu “pagamento” eu entraria num paradoxo de parar de produzir por causa da(s) mulher(es) e produzir mais por causa da mulher. Outra coisa é saber quem me explora. Seria o acaso, a existência, a vida ou o sistema?
Analisemos primeiramente que a existência, a vida e o acaso estão interligados por essa ordem de grandeza. Porque a existência criou a minha vida, a qual existe — “Penso logo existo”, como já dizia Descartes — e a vida criou o acaso, o belo e lindo caso de casos que acontecem aparentemente do nada, assim como o livre e belo pensamento, que ratifica o meu existir e emana a minha vida. Mas se neste caso eu tivesse sendo explorado por algum desses três, logo os três, eu estaria sofrendo uma tripla mais-valia, estariam lucrando cada vez mais e eu recebendo basicamente nada. Coisa que de fato esta acontecendo, mas prefiro avaliar o outro antes de dar o meu parecer final.
Se for o sistema, faria também muito sentido, pois ele me é uma fonte de crítica muito grande. Toda hora aparece algo a minha frente que parece estar bem encaixado, mas se olhares mais a fundo tu irás perceber que aquilo só esta coberto por um pano grosso para esconder o defeito. Mas se eu tivesse de depender do sistema para ter mulheres eu realmente iria estar ferrado, acho que nunca conseguiria, talvez conseguisse se eu parasse de depreciá-lo e começasse a enaltecê-lo, aí sim eu teria as minhas robôs recém saídas da linha de montagem.
Esta difícil de saber quem é pior: a burocracia estatal com bonecas pré-fabricadas ou a minha sorte do acaso. Prefiro deixar os grandes cães brigando a cerca do lucro que vão ter sobre os meus pensamentos, sobre a minha arte. Pois o que me importa mesmo é saber quando há de chegar o meu salário, pagamento mensal, anual, casual. Isso é o que me importa.
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