domingo, 13 de fevereiro de 2011

Meca

Dia desses rumando
Em alguma viagem minha alucinada
Ou em algum sonho,
Deparei-me com uma estrela de Davi.
Que me levou para Israel.
Mostrou-me suas belezas,
Seus problemas, suas coisas
Suas manias, suas crônicas.
Depois, colocou-me numa caravana
Rumo à Meca.
Lá fui acolhido
Como um amante...
Entrei pelas suas ruas,
Pelos seus templos,
Pelas suas vielas.
Descobrindo olhares,
Sons, prazeres
Que nunca antes tinha visto.
Eu gostei daquele lugar!
E quanto mais eu entrava,
Mais eu me sentia envolto de gozo
E de prazer ao redor:
De suas cores vivas,
De seus gemidos prazerosos,
De seus olhares afetuosos...
Acabei me acostumando.
E fiquei, sem esperar nada.
Fiquei como mais um cigano
Acolhido por aquele coração caloroso.
E esqueci de lhe atribuir tudo aquilo.
E quando resolvi ir embora como entrei
Fui expulso, deportado pela minha ingratidão.
Pela minha falta de comprometimento,
Não posso mais pisar lá...
Hoje brigo com a embaixada para tentar voltar.
Apenas quero voltar a ser amigo dela,
Tentar mostrar a ela quem eu sou,
E por que estive e estou ali.

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