quinta-feira, 22 de março de 2012

Mentalmente

Como sempre, tremia
a volta para casa no ônibus cinza.
Pensava nos clássicos...
E a vontade impávida
de comer alguém,
incumbia-lhe dos pensamentos
não sadios.
Só pensava no seu corpo,
suas curvas, suas carícias, sua boca.
Mentalmente te como
sentado no banco do ônibus a quilômetros de você.
Já sentia o seu gosto
na minha boca salivante.
Quando meu ponto chegou,
só pensava em você de quatro.
(Enquanto isso, na Indonésia,
sublimes ejaculações vulcânicas
abrasavam a efemeridade sensível do cotidiano).

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