sábado, 27 de agosto de 2011

Penso nos poetas,

que gloriosos seres iluminados
pois conseguiam proferir seus célebres versos
sobre o efeito dos mais variados narcóticos.
Gostaria de ser assim, como eles, ou pelo menos
como eles foram eternamente consagrados:
boêmios, existenciais e com boas memórias!
Falta-me essa tal boa memória, que me anda falhando horas a fio
fazendo-me divagar sobre os versos proferidos ao leito do amor...
Bate-me uma imensa culpa em não poder lembrar
de todas a palavras que eu te disse,
mas de todas somente poucas iam mesmo importar,
principalmente aquelas mais obscenas e apimentadas
que somente após de ter me embriagado com seu cheiro
rompem o seu ouvido com palavras que cortam o ar por serem tão violentas e quentes
soltando aquele vulcão que há dentro de nós dois.
Jorrando o alegre gozo das horas de perversão, nos exaurindo a humanidade
e apenas restando o divino descanso do sublime prazer
à luz de velas.

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