quinta-feira, 10 de março de 2011

Longe De Sua Flor

Ah! Que beleza, quantas flores!
E que cores, que formas, que espécies!
Todas maravilhosas.
Você passa por elas, elas até riem pra você, ou de você.
Algumas até parecem querer te receber...
Até parecem não reparar muito em você, afinal é carnaval!
Que viva a fantasia, o mistério, a ilusão!
Mas você lembra que você não é o único com um ferrão por ali.
Tem outros, mais fortes, mais experientes, com ferrões maiores.
E outros até mais fantasiados.
No final, aquele imenso campo florido,
Não é tão grande assim, fora outros problemas, como:
Algumas flores lhe conhecem, de outros carnavais;
Você não é o abelhudo mais atraente;
Por fim, você esta vadiando num campo sem ser o seu.
E assim você passa um carnaval,
(Triste) Voando perdido, sem saber o que fazer,
Com pouco hidromel na cabeça e longe de sua flor.
Mas amigo é carnaval!
Ninguém é de ninguém!
E o que falta é gente pra acabar com o hidromel!
Deixe as melancolias para trás, ou traga-as para cantar, para espantar!
Vamos zunir o mais alto que pudermos, que se faça barulho!
(O grande mistério da folia quem é você a cada momento:
O pierrot, apaixonante, terrivelmente delirante e triste.
A colombina, que se perde neste ménage entre o eros e o erótico.
O arlequim, brincalhão, infame e terrivelmente tão trágico e romântico quanto o pierrot.
Sempre há um arlequim para um pierrot e uma colombina para ambos!)
E eu fui pierrot e arlequim, voando por campos desconhecidos,
Suspirando por flores a conhecer e sentindo falta da minha conhecida.

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